Curdistão Begins: a Missão

11.1.08

(“Puutzz grila! É o fim da picada! Com tanto assunto pra escrever e vai comentar justamente sobre o... o Curdistão?! Que raio de ‘ão’ é esse?)

À primeira vista, parece ser um tema muito, muitíssimo chato. Quando ouvi o professor de Geografia falar sobre a matéria do dia –Curdistão- também pensei que seria um ‘porre daqueles’.
Mas acontece que depois de estudá-lo, eu me senti na obrigação de escrever algo sobre ele. São tantos acontecimentos que passam despercebidos e sequer paramos para pensar um pouco!
Acredito que poderíamos, no mínimo, ter alguma consideração à respeito desse povo que dá literalmente o sangue para existir.
As informações que obtive sobre o tema são tão confusas quanto a origem da pensão de Mônica Veloso. Portanto, se eu escrevi alguma babaquice, por favor... me avisem!

E já vou advertindo: se você está numa dieta mental, não o leia. O assunto não é light; aliás, é bem calórico.

O Curdistão – como quase todos os países que terminam em ‘ão’ e ‘tão’...- fica no Oriente Médio, ocupando regiões da Turquia, Iraque, Síria, Armênia, Irã e Azerbaijão (sendo este último, um dos nomes mais estranhos que já ouvi falar) .
Dentre todos eles, os curdos têm um pequeno diferencial: são o maior povo SEM Estado do mundo.
Ou seja, eles têm um idioma (o curdo), uma religião (são muçulmanos sunitas), costumes próprios (têm vestimentas típicas) e sequer são considerados um país!
A maioria da população vive na Turquia, Síria e no norte do Iraque, vivendo à custa de atividades agropecuárias (algodão, tabaco, ovelhas etcétera).
Vivem nas férteis terras dos rios Tigre e Eufrates; o relevo é acidentado com alturas que oscilam desde as mais altas montanhas (na Alta Mesopotâmia) até os amenos planaltos do norte iraquiano.

Falando assim parece lindo e maravilhoso, mas na verdade, o problema curdo está bem mais embaixo...embaixo dum tapete todo empoeirado chamado História.

Acontece que no exato território em que os curdos vivem hoje, existiu uma civilização -que não por acaso- sempre é a primeira a estudarmos nas aulas de História: a Mesopotâmia.
Foi dela que surgiram as técnicas agrícolas, a domesticação de animais, utensílios domésticos, formação de sociedades mais complexas e até da metalurgia, isso sem contar com a estratégica posição marítima que possui.
Ou seja, num local com tamanha importância bélica e histórica, a sina dela não era das melhores: estava prestes a se tornar um triste palco de conflitos que se rastejam até hoje.

O passar do tempo fez os curdos perderem sua organização política. Do status de reino, fragmentaram-se em acanhados principados; uns foram sorvidos pelos romanos, outros pelos persas, e alguns outros permaneceram independentes, graças às santas montanhas...
Em seguida, vieram os otomanos que, juntamente, trouxeram mais perdas.

Analisando o passado dos curdos, podemos até relacioná-los aos hebreus: obrigados a se dispersar em regiões diversas, abandonar famílias, abandonar casas e quem sabe mais o quê.

De tanto desrespeito e safadeza surgiu a revolta – também, já estava mais do que na hora!
E da revolta veio o nacionalismo, que empurrou -e empunhou -a população rumo a um Estado Curdo.
Acho que não preciso dizer que a ação foi nobre, mas desastrosa.
Depois da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano finalmente conheceu a palavra FIM.

E... acabou assim?

Que nada! :/

Mas continua no próximo post, porque este já está grande demais :P


Momento ‘terror trash’:
‘Vamos por partes....’ de Jack, o Estripador

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